Sabia que a Praça do Expedicionário (também conhecida como Pracinha do Soldado) foi construída na década de 50 em homenagem ao soldado Antonio Souza, um cruzalmense conhecido como Toninho de Castor que lutou numa Grande Guerra Mundial?
Sim, em 1945, ele chegou a lutar na Itália durante a Segunda Grande Guerra Mundial, mas veio a falecer naquele mesmo ano, no Rio do Pó, vítima de afogamento.
A ideia de construir uma praça naquele lugar onde é hoje foi do prefeito Jorge Guerra que, em 1950, resolveu transformar o local, um terreno baldio, cheio de mato e com restos de construção, em uma agradável praça. A Prefeitura então desapropriou a área que pertencia ao senhor Cecílio José dos Santos, um abastado fazendeiro da região, com sua total aquiescência.
A sugestão, porém, de dar àquela praça o nome de Praça do Expedicionário, em homenagem a Antonio Souza e erigir-lhe uma estátua, foi de Dr. Waltércio Fonseca, prefeito nomeado posteriormente a Jorge Guerra, a quem coube também a execução da obra.
Segundo registros do escritor Alino Matta Santana, decidida a construção da praça, o Dr. Waltércio Fonseca resolveu solicitar de amigos os recursos para construir naquele local o monumento em homenagem ao herói cruzalmense. A prefeitura então arrumou a praça, o comércio ofereceu os bancos e com o dinheiro arrecadado entre amigos foi encomendada ao escultor e mestre-de-obras Francisco Marques, que trabalhava na então Escola Agrícola da Bahia, a estátua, que foi inaugurada em 15 de novembro de 1953, com grande festa.
Curiosamente, a atual estátua não corresponde à original ali colocada. Depois de sofrer danos causados por um galho de árvore e caiu sobre ela, na reforma foi-lhe tirado o fuzil que segurava em suas mãos.
Vale destacar que ela é uma das primeiras e poucas praças no Brasil que tem uma estátua em homenagem a um pracinha brasileiro que lutou na Grande Guerra Mundial.
EDISANDRO BARBOSA BINGRE – Escritor , poeta, pesquisador memorialista e criador do site www.almanaquecruzalmense.com
