
Na manhã desta quarta-feira, 22, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Cruz das Almas, que tem o objetivo de investigar a troca de vacinas, adulteração e destruição de cartões de vacinação dos pacientes, assim como a existência de óbito por suposto erro médico, realizou mais uma sessão na Câmara de Vereadores. Desta vez, o dr. Héber Araújo Filho, um dos médicos citados em oitivas, foi convidado, mas não apareceu. Por causa da ausência, não houve novos testemunhos. A comissão utilizou o momento para revelar que mais três certidões de óbitos foram encontradas assinadas por suposto falso médico.
Insatisfação e certidões de óbito
Essa não é a primeira vez que os membros da CPI de Cruz das Almas encontram dificuldades em realizar oitivas com profissionais ligados à gestão em saúde. Na sessão de hoje, o dr. Héber Araújo Filho, que deveria ser ouvido hoje e teve seu nome citado na semana passada, não compareceu e nem justificou a ausência através de ofício, o que gerou insatisfações do presidente da CPI de Cruz das Almas, Paulinho Policial (PSD).
“É dessa forma que a secretaria e o prefeito dizem que têm tranquilidade com esta CPI. Ficam dificultando documentação, ficam dificultando as pessoas serem ouvidas nesta Casa”, enfatizou.
O relator da CPI, Pedro Melo (PT), também comentou sobre as dificuldades em ouvir as testemunhas que estão relacionadas com a gestão.
“Esta CPI é séria. Tem compromisso. Ouviu a população e por isso está caminhando. Eu quero lembrar à população que o primeiro ofício que foi respondido pela Secretaria Municipal de Saúde foi depois de mais de um mês que foi enviado. Querem atrapalhar nosso trabalho e não respeitam essa CPI, que é séria, comprometida”, disse.
O presidente Paulinho também revelou que, após uma busca minuciosa nos arquivos do cartório municipal, houve a descoberta de mais três certidões de óbitos assinados por um falso médico. Agora, no total, o número chega a quatro.
“Fizemos uma busca no cartório e, pasmem, encontramos mais três certidões de óbito assinadas por um médico falso. A gente não pode dizer que tiveram erros médicos, mas podemos atestar que foram assinadas por falsos médicos”, concluiu.