O prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), e o vice-prefeito André Eloy (PDT) trocaram indiretas nas redes sociais após a paralisação da Prefeitura em protesto contra a redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), nesta quarta-feira, 30. As mensagens foram publicadas na seção story do Instagram e mostram os pensamentos divergentes dos representantes. Expressões como “arrogante” “prepotente”, “braços cruzados” e “mimimi” foram utilizadas.
As farpas começaram a ser trocadas após a publicação de André Eloy de um vídeo editado ironizando falas do prefeito. Nas imagens, Ednaldo Ribeiro aparece exaltando o investimento financeiro realizado no São João de Cruz das Almas de 2023. Na ocasião, o gestor afirmou que “gastou milhões” e que esse recurso investido “não comprometeria a Saúde, a Educação, a Infraestrutura, nem a Cultura, o Esporte, nem a limpeza pública”.
Embora André reconheça a queda na arrecadação dos municípios, ele diz que “o prefeito de Cruz das Almas afirmava que possuía recursos para realizar o evento e manter os serviços municipais plenamente” e que “não há nada melhor do que o passar dos dias para que os indivíduos arrogantes compreendam que na política e na vida prepotência é um erro”.
Veja abaixo o print da divulgação de André Eloy:
Resposta
Em resposta à opinião do vice-prefeito, Ednaldo Ribeiro retrucou dizendo que “é muito fácil” “ficar de braços cruzados, sem fazer nada, como o vice-prefeito, só esperando o bom salário cair na conta”.
Em seguida, ele justificou a mobilização desta quarta-feira como “legítima e justa” com intuito de “unir forças e reivindicar melhorias para os municípios”.
Para finalizar, o chefe do Executivo municipal sugeriu que o posicionamento de André era um “mimimi para querer se aparecer” (SIC).
Veja abaixo o print da resposta de Ednaldo Ribeiro:
Paralisação
A paralisação do FPM é um movimento de caráter nacional em que os municípios cobram do governo federal e do Congresso Nacional a recomposição orçamentária. De acordo com um trecho do manifesto, “cerca de 51% dos municípios brasileiros estão no vermelho” e “não há mais condição de governabilidade”.
As reivindicações dos prefeitos incluem: aumento de 1,5% no FPM; redução da alíquota patronal do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para 8% nos municípios com até 156 mil habitantes; recomposição do ICMS; fim do voto de qualidade do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais); e a ampliação da reforma da Previdência para os municípios.