Depois de se tornar inelegível pelos próximos oito anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que pode recuperar os seus direitos políticos com mudanças que ocorrerão na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação é da coluna de Paulo Cappelli no site Metrópoles.
De acordo com a publicação, Bolsonaro estaria aguardando ansiosamente pelas mudanças na Corte. A médio prazo, a nova composição do TSE pode representar uma vitória no julgamento de recurso para reverter a inelegibilidade.
A primeira mudança ocorrerá em novembro deste ano, quando o ministro Benedito Gonçalves, atual corregedor do TSE e relator da ação que determinou a inelegibilidade de Bolsonaro, deixará a corte. Ele será substituído por Isabel Gallotti, tida como “independente” por bolsonaristas. Já a corregedoria da Corte será comandada pelo ministro Raul Araújo, que votou contra a inelegibilidade do ex-presidente.
No entanto, a mudança mais aguardada está prevista para acontecer em abril do ano que vem. Alexandre de Moraes vai deixar o TSE e dará lugar a André Mendonça, indicado por Bolsonaro para o STF e é visto como um ministro próximo a Bolsonaro.
A última mudança deve ocorrer em 2026, quando Kassio Nunes Marques, encarado como um ministro fiel a Bolsonaro, passará a presidir o Tribunal Superior Eleitoral.
Com as mudanças, o ex-presidente avalia que terá condições de derrubar a inelegibilidade e conseguir disputar a Presidência em 2026.
O TSE determinou a inelegibilidade de Bolsonaro em julho deste ano por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores ocorrida em 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada.
A Corte deve começar a julgar um recurso do ex-presidente na próxima sexta-feira (22), mas é pouco provável que Bolsonaro consiga, por ora, consiga obter um resultado satisfatório.
(BNews)