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Dois brasileiros são mortos na guerra entre Israel e Hamas

Ataque surpresa do grupo extremista islâmico Hamas é considerado um dos maiores sofridos pelo país israelense nos últimos anos.

Dois brasileiros já foram encontrados mortos após ataques terroristas do grupo Hamas em Israel na madrugada do último sábado (7). Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu estavam em uma festa rave quando o movimento extremista islâmico bombardeou o país israelense e causou a morte de ao menos 260 pessoas que estavam no local. A morte de Ranani foi confirmada pelo Itamaraty na manhã desta terça-feira (10), enquanto a de Bruna foi confirmada pela família. As informações são do g1.

A festa onde Ranani e Bruna estavam fica no Distrito Sul de Israel, a cerca de 20 quilômetros da Faixa de Gaza, e foi um dos primeiros alvos dos terroristas que entraram por terra. Em nota divulgada, o Governo Federal lamentou a morte do gaúcho de 23 anos e afirmou que repudia os atos de violência.

“O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o Governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.”, diz a publicação.

Em conversa com o g1, a irmã mais velha de Bruna, que também vive em Israel, confirmou que recebeu comunicado do Exército israelense sobre terem encontrado o corpo da estudante de 24 anos.

— Minha mãe teve um pressentimento nesse dia, ela não sabia que a festa seria perto de Gaza. Minha mãe falou: ‘Bruna, não vai na festa’. Minha mãe teve esse pressentimento — contou Florica, informando que o corpo da jovem está previsto para ser enterrado na noite desta terça-feira.

Além de Ranani e Bruna, outra brasileira segue desaparecida após os ataques: Karla Stelzer Mendes, carioca de nascimento, com cidadania israelense e que também estava na rave “Universo Paralello”.

— Está muito difícil, tudo. Mas a gente tem fé que a Karla está viva e a gente vai encontrá-la — disse Patrícia Hallak, amiga da jovem desaparecida, informando que as últimas mensagens enviadas para a família foram na manhã de sábado, no começo do ataque terrorista.

Vídeo momentos antes de ataque e serviço militar israelense

Ranani morava há sete anos no país e tinha cidadania israelense. Ele nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e faria 24 anos na próxima sexta-feira (13), segundo uma tia.

O jovem vivia em Tel Aviv, capital de Israel, com alguns amigos. Após passar um período no serviço militar do país, ele trabalhava e sobrevivia financeiramente como entregador.

— O exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. Não temos informação como e onde foi, exatamente. Meu sobrinho faria 24 anos agora, 13 de outubro. Ele morava em Israel havia 7 anos. Meu sobrinho está agora reconhecendo o corpo. Estamos arrasados — diz Karen Glazer, tia de Ranani.

Nas redes sociais, Raoni postou um vídeo em que mostra a fumaça no momento dos ataques e relata a apreensão que vivia pela situação, minutos antes de ser atingido e morto.

“Cara, eu juro que essa situação não tem como inventar. No meio da rave, a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro. Vamos esperar dar uma baixada nisso, mas, cara, foi cena de filme agora, gente correndo, quilômetros, para achar um lugar pra se esconder, velho”, disse o jovem.

Em entrevista ao Fantástico, a namorada de Ranani, Rafaela Treistman, contou que eles conseguiram se abrigar no bunker após os ataques, mas o local foi invadido por extremistas que atiraram contra o grupo.

— Eu lembro do Ranani me falando para eu não olhar, porque tinham pessoas mortas em cima da gente e que estávamos usando o corpo delas para não tomarmos tiros — conta Rafaela.

Estudante de comunicação e domínio em hebraico

Já Bruna Valeanu vivia no país israelense há oito ano e estudava comunicação e marketing em um universidade do país. A jovem tinha 24 anos e nasceu e cresceu no Rio de Janeiro.

as três irmãs, Nathalia foi a única que permaneceu na cidade natal. Florica conta que Bruna era que a mais dominava o hebraico, e que o idioma foi uma grande dificuldade na busca de informações quando a irmã desapareceu.

A última coisa que conseguimos foi a localização dela por mensagem. Era uma localização perigosa, onde os terroristas entraram armados em caminhonetes, tanques, motos — disse a irmã da carioca.

Carioca de 24 anos vivia no país israelense há oito anos (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Conflitos entre Israel e Hamas

Ao menos 1.800 pessoas já morreram desde o início do conflito, além de prédios, casas e espaços públicos destruídos. A guerra começou no último sábado (7), quando um ataque surpresa do grupo terrorista islâmico Hamas, que controla a região da Faixa de Gaza, invadiu, sequestrou e assassinou civis em Israel. De acordo com o balanço oficial, o confronto já é o mais mortal no território desde 2008.

Segundo o Itamaraty, ao todo, a estimativa é de que 14 mil brasileiros vivem em Israel, e outros 6 mil, na Palestina – a grande maioria, fora da área dos ataques registrados neste fim de semana.

Por NSC Total

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