O uso de biquíni molhado por horas é um dos principais vilões da saúde vaginal no verão. O motivo está na combinação da umidade da roupa de banho associada às temperaturas altas da estação, que pode facilitar o desenvolvimento da candidíase. São sintomas da infecção ardência, coceira e corrimento esbranquiçado da vagina.
A candidíase é uma infecção causada na maioria das vezes pelo fungo Candida albicans. O micro-organismo geralmente está presente no microbioma vaginal sem causar incômodos. Porém, em condições de alta umidade e temperatura, reproduz-se em excesso, gerando problemas ginecológicos. Por isso, durante os períodos mais quentes – que devem se tornar ainda mais frequentes devido às ondas de calor intenso -, o ideal é evitar o uso da peça molhada por longos períodos.
O ginecologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e encarregado pelo Setor de Patologia do Trato Genital Inferior, Dr. Ilzo Vianna Júnior, aconselha a levar peças secas para substituir o biquíni molhado após os banhos de piscina e mar. “É aconselhável evitar o uso constante de tecido sintético e de absorventes diários, pois dificultam a ventilação da região genital e facilitam a reprodução do fungo. Outra dica é dormir sem roupas íntimas.”, explica.
Também facilitam a ocorrência da candidíase condições como sistema imunológico debilitado, pacientes em tratamento com medicamentos imunossupressores, antibióticos e corticoides, além do diabete.
O diagnóstico da candidíase é realizado a partir de exame ginecológico. A análise é essencial para identificar o fungo e descartar outras infecções ou doenças com sintomas semelhantes. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos e os incômodos são suavizados em poucos dias.
Atenção! A candidíase não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). O problema pode ser desenvolvido por desequilíbrios de causas variadas no microbioma vaginal. Porém, quando o problema está sintomático, pode, sim, ser passado para o parceiro no sexo.
Sobre o Iamspe
O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) é o sistema de saúde do servidor público estadual. Com uma rede de assistência própria e credenciada presente em mais de 160 municípios, o Iamspe oferece atendimento a 1,3 milhão de pessoas, entre funcionários públicos estaduais e seus dependentes.
São mais de duas mil opções de atendimento no Estado, incluindo hospitais, clínicas de fisioterapia, médicos e laboratórios de análises clínicas e de imagem, além de postos de atendimentos próprios no interior, os Ceamas, e o Hospital do Servidor Público Estadual, na Capital. O Iamspe é um órgão do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital.