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UFRB tem três projetos aprovados para receber recursos do Governo Federal

Três projetos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) irão receber, nos próximos dois anos, investimentos de cerca de R$ 2,8 milhões. Os projetos foram aprovados pelos Ministérios da Pesca e Aquicultura (MPA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). São trabalhos do curso de Engenharia de Pesca, do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB).

Os projetos Programa de Estruturação ou modernização dos setores de ensino, pesquisa e extensão em aquicultura da UFRB, coordenado pelo professor Bruno Mattos, e Desenvolvimento e Qualificação da Cadeia Produtiva de Organismos Aquáticos Ornamentais, sob coordenação do professor Leopoldo Barreto, receberão recursos do MPA. Já outro projeto também do professor Bruno, Bahia + Pescado: capacitação e qualificação técnica de jovens das ciências agrárias no desenvolvimento aquícola do Estado, será financiado pelo MDA.

Com a disponibilização dos recursos pelo Governo Federal, os três projetos serão executados nos cenários local e nacional, abrangendo o público interno e a comunidade externa. De acordo com Marcelo Carneiro de Freitas, coordenador do curso de Engenharia de Pesca, a aprovação dos trabalhos é resultado de um esforço coletivo e a execução possibilitará ainda mais qualificação à comunidade acadêmica. “Os docentes, discentes e técnicos administrativos do Curso de Engenharia de Pesca, do CCAAB, têm se empenhado para cada vez mais tornar o curso um curso de excelência, formando profissionais mais capacitados”.

Conheça os projetos aprovados:

Programa de Estruturação ou modernização dos setores de ensino, pesquisa e extensão em aquicultura da UFRB

Sob a coordenação do professor Bruno Mattos e com o financiamento conseguido por meio do MPA, o projeto envolverá estudantes da graduação de Engenharia de Pesca e comunidades pesqueiras tradicionais, desenvolvendo ações de ensino, pesquisa e extensão, com objetivo de contribuir para a permanência e o êxito dos estudantes no curso.

Estão estabelecidas cinco metas para serem executadas durante os dois anos de atuação do projeto. Elas dizem respeito à estruturação de setores e laboratórios do curso de Engenharia de Pesca; promoção da permanência e êxito de estudantes no curso por meio do envolvimento na aquicultura familiar; realização de seminários de capacitação voltados ao público externo e eventos internos; campanhas de comunicação e marketing voltadas para a aquicultura nas comunidades assistidas pelo projeto; e desenvolvimento de pesquisas que visam o fomento e a inovação da aquicultura e suas cadeias produtivas. Para cumprir esses objetivos, estão previstas ações como a realização de cursos e eventos, além do desenvolvimento de pesquisas e de produtos midiáticos.

Segundo o professor Bruno Mattos, o  financiamento possibilitará um novo momento para a Engenharia de Pesca, pois “vai melhorar a condição de ensino, também vai ter o viés da pesquisa e as capacitações junto às comunidades tradicionais de pescadores, principalmente, da extensão”, o que refletirá na qualidade geral do curso.

Desenvolvimento e Qualificação da Cadeia Produtiva de Organismos Aquáticos Ornamentais

O projeto, coordenado pelo professor Leopoldo Barreto, tem como objetivo mapear e capacitar as empresas que trabalham com organismos aquáticos ornamentais para atuarem no mercado internacional através da exportação.

Como membro do Comitê Permanente de Gestão do Uso Sustentável dos Organismos Aquáticos Vivos para fins de Ornamentação e Aquariofilia (CPG Ornamentais)  e da  Rede Nacional Colaborativa para a Gestão Sustentável dos Recursos Pesqueiros (Rede Pesca Brasil), o professor Leopoldo conseguiu a disponibilização do recurso diretamente com o MPA, em razão da importância do trabalho.

O coordenador explica que, apesar da grande movimentação no comércio de peixes ornamentais, o Brasil, berço de muitas espécies, ainda não participa ativamente desse mercado. “Queremos mudar esse cenário através desse projeto, ou seja, que o Brasil figure e morda uma fatia desse mercado nas estatísticas internacionais e gere mais divisas, não só para o país, mas também para a cadeia produtiva”, acrescenta Leopoldo.

Para alcançar o objetivo, o projeto será executado em quatro fases: mapeamento, capacitação, branding e abertura de mercado. Na primeira etapa, será definido o público — que abrangerá desde pequenas empresas vinculadas a pescadores artesanais até as grandes que já trabalham com o mercado interno. A princípio, a meta é trabalhar com 30 empresas, o que envolverá indiretamente 3 mil beneficiados.

Com o público definido, será feita a capacitação seguida da abertura para o mercado estrangeiro. O professor Leopoldo planeja levar as empresas mapeadas e capacitadas para as feiras internacionais de peixes ornamentais na Alemanha, em 2024, e na China, em 2025. Também está prevista, no projeto, a apresentação de produtos ao MPA.

Inicialmente, além do coordenador, o professor Marcelo, cinco estudantes da graduação e cinco da pós-graduação estarão envolvidos no projeto. Também haverá formalização de parcerias com outras instituições de pesquisa do Brasil, como a Associação Brasileira de Lojas de Aquariofilia (ABLAquariofilia).

Bahia + Pescado: capacitação e qualificação técnica de jovens das Ciências Agrárias no desenvolvimento aquícola do Estado

Aprovado no Chamamento Público Nº 01/2022 do Programa de Residência Profissional Agrícola – Agroresidência, do MDA, este projeto, também coordenado pelo professor Bruno Mattos, atenderá à comunidade acadêmica da graduação em Engenharia de Pesca da UFRB; em específico, os recém-egressos do curso, com qualificação na área da aquicultura. A Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), será parceira na execução do projeto.

Como o edital de chamamento do MDA estabelece que é preciso que os participantes do projeto  tenham concluído o curso há, no máximo, dois anos e possuam idade limite de 29 anos, a coordenação do projeto realizará, posteriormente, uma seleção de estudantes que atendam a esses critérios. Para cumprir uma terceira condição do edital — vínculo com a Universidade —, será ofertada, de maneira híbrida, uma especialização lato sensu em Ciências Agrárias.

Enquanto cursam a pós-graduação, os selecionados irão atuar nas unidades residentes da Bahia Pesca, desenvolvendo atividades de apoio. Durante a vigência do projeto, os residentes, assim como o  professor orientador, receberão bolsas e, a depender da unidade de atuação, terão apoio de alojamento e logística.

Além de proporcionar a melhoria na formação de recém-egressos por meio da atuação na Bahia Pesca, os recursos do projeto também serão usados na aquisição de materiais de consumo para a estatal baiana.

Por UFRB

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