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Facções criminosas cobram taxa para não matar comerciantes em Salvador

Traficantes de drogas de diversas facções criminosas estão cobrando taxas de estabelecimentos comerciais de Salvador. Os comerciantes que não efetuarem os pagamentos podem sofrer represálias, que vão de depredações de imóveis a assassinatos. As práticas, que se assemelham ao domínio de milícias do Rio de Janeiro, foram denunciadas esta semana pelo jornal Correio da Bahia.

Nesta semana também, noticiamos a denúncia de um comerciante da Avenida Vasco da Gama, em Salvador, em que mostrava um aviso de traficantes de drogas da região que estavam cobrando uma “taxa de proteção” aos estabelecimentos, tendo o dia 13 de janeiro como prazo final.

Prática recorrente

De acordo com a reportagem do Correio, as ameaças ocorrem em diversos bairros periféricos de Salvador dominados pelo crime, como Cosme de Farias e Lobato, que estão sendo controlados pela facção Comando da Paz (CP). O intuito dos traficantes é de receber os valores semanalmente, cerca de R$ 50 a R$ 100, e “promover a segurança” local. Caso os empresários não realizem o pagamento, os próprios traficantes invadem e assaltam os estabelecimentos.

No caso de o comerciante rejeitar a extorsão, ele pode terminar morto, como aconteceu com o revendedor de gás Gerson Leopoldino Andrade, de 69 anos, que foi assassinado a tiros na frente da família, em Cosme de Farias no ano passado, por não ter feito o pagamento de R$ 7 mil aos traficantes.

Caso recente

No dia 9 de janeiro, um dono de uma oficina no bairro do Lobato não concordou com o aviso de cobrança. Os traficantes resolveram atacar o homem, metralhando e incendiando o carro da vítima que era avaliado em R$ 90 mil.

O vídeo abaixo, que foi divulgado pelo Correio, ilustra a gravidade da situação na capital baiana.

A reportagem completa do Correio pode ser lida clicando aqui.

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