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Pais não podem desperdiçar chance de vacinar contra dengue, diz ministra da Saúde

Nísia Trindade participou do Dia D de combate à doença

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou neste sábado (2) em dois estados, Espírito Santo e Bahia, das mobilizações do Dia D de combate à dengue. A iniciativa do governo federal ocorre em todo o país, com colaboração de estados e municípios e a atuação, sobretudo, de agentes comunitários e de combate às endemias e profissionais da saúde. O objetivo é reforçar as ações de prevenção, cuidado e promoção da saúde e, principalmente, de eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Os estados foram escolhidos por estarem em situação de emergência de dengue.

“Não podemos aceitar nenhuma morte por dengue, porque é morte que se pode evitar com hidratação adequada, sem que a população tome medicamento por sua conta. Isso é muito importante. E aqueles sinais que temos dito, como dor de cabeça, dor forte atrás dos olhos, manchas no corpo, procurem o sistema de saúde”, orienta a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Na manhã deste sábado, em Serra, no Espírito Santo, a ministra Nísia Trindade reforçou a importância da vacinação de crianças de 10 e 11 anos. Essa faixa etária concentra o maior número de hospitalizações por dengue. Ela fez um apelo aos pais e responsáveis de crianças deste público-alvo para que as levem aos postos de vacinação de todas as regiões do país. “Pais e responsáveis pelas crianças de 10 e 11 anos: a vacinação para dengue já começou no seu estado. Então, esse público não pode desperdiçar essa chance. Nós, há 40 anos, lutamos por uma vacina contra a dengue, aqui no Espírito Santo, e em todo Brasil. Mas quem toma a vacina de dengue somente está protegido com a segunda dose, que é aplicada depois de três meses.”

Vacinação nas escolas

A ministra Nísia Trindade também adiantou que a vacinação infantil contra várias doenças, incluindo contra a dengue para o público-alvo, deverá ocorrer nas redes de ensino a partir da segunda quinzena de março, por meio do programa Saúde na Escola, em parceria com o Ministério da Educação. “A vacinação será de todas as vacinas, com a atualização da caderneta de vacinação das nossas crianças e adolescentes. As escolas também estão com várias ações para dengue, a comunidade escolar unida, e terá materiais para os professores, no caso específico de dengue.”

Imunizante nacional

Sobre a disponibilidade de mais doses de vacinas contra a dengue, a ministra comentou que, diante da limitação de produção do laboratório japonês fabricante da Qdenga, que a alternativa priorizada para aumento da oferta do imunizante é a produção nacional. “Recebemos uma oferta pequena, compramos todo o estoque possível do laboratório produtor. E estamos em um trabalho para que laboratórios brasileiros, sob a liderança da Fundação Oswaldo Cruz, possam produzir a vacina no Brasil. Mas isso não é uma solução imediata.”

Diante da situação, a ministra enfatizou que o foco deve ser combater os focos de mosquito transmissor aliado ao trabalho dos agentes de saúde dos sistemas estaduais e municipais de saúde para impedir o avanço da dengue e que vidas sejam perdidas.

A ministra também garantiu que o governo federal já comprou testes rápidos para diagnóstico precoce da doença, a partir do primeiro dia de sintomas e ajuda na diferenciação da fase aguda e tardia da dengue.

Painel de Monitoramento

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, este ano, até esta sexta-feira (1º), foram registrados 1.038.475 casos de dengue, entre prováveis e confirmados. Oficialmente, são 258 mortes causadas pela doença em todo o país. Estão em investigação 651 óbitos suspeitos. O número de casos resulta na proporção (Coeficiente de Incidência) de 511,4 /100 mil habitantes.

Por Agência Brasil

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