
Os moradores do entorno da estrada Toquinha-Pumba reclamam dos buracos na via de ligação da comunidade da Pumba na zona rural ao Centro de Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano. Asfaltada há menos de três anos e restaurada há menos de um ano, a estrada já precisa de novas obras para requalificação no trecho que atravessa a comunidade de Baixa da Areia. A produção do site Bahia Recôncavo tentou contato com a Secretaria de Infraestrutura do estado da Bahia (SEINFRA), mas não obteve respostas.
No ano passado, os vereadores Pedro Melo (PT) e Raimundo de Gino (UB) chegaram a trocar farpas sobre a entrega da via durante uma sessão da Câmara de Vereadores de Cruz das Almas. Fazendo uso da tribuna, Pedro afirmou que em breve a estrada em questão “será inaugurada e feitas as correções necessárias”. Raimundo por sua vez, morador da comunidade da Pumba, questionou se “o governo teria a coragem de chegar em Cruz das Almas e entregar a estrada Toquinha/Pumba daquele jeito”.
Relatos dos moradores
Mas, enquanto os vereadores brigam, o problema continua atormentando a população. A moradora V. M. afirma que os buracos representam riscos de acidentes podendo até ser grave e esse perigo se dá pelo fato de não haver calçada ou acostamento na estrada para quem transita pela área.
“Não tem acostamento. Ficamos praticamente no meio da estrada quando estamos a pé”, conta.
Já R. G., também moradora da área, contou que vive tomando sustos quando passa a pé pela via.
“A galera passa em alta velocidade na pista e os desvios feitos por conta dos buracos podem ocasionar esses problemas”, disse.
Para quem transita de carro ou motocicleta na região, o medo, a insegurança e o estresse são sentimentos constantes. É o caso da estudante V. R. que passa diariamente pela estrada de motocicleta para ir à faculdade.
“Tenho que redobrar a atenção para não acontecer algo pior até para quem está passando a pé ou até mesmo de bicicleta”.
L.R. também passa pela via de moto e confessou cometer algumas infrações em suas manobras para desviar dos buracos.
“Levando em consideração os enormes buracos, tenho que desviar deles, indo para a contramão da via. Isso se torna perigoso pelo fato do constante fluxo de veículos, correndo o risco de ser vítima ou fazer alguma vítima em batidas não esperadas”, conta o entrevistado.
Quem passa de carro pela via reclama das possibilidade de gastos que podem vir a ter por conta das peças dos veículos.
“Além de ser horrível dirigir nessas condições, você ainda sabe que está estragando seu veículo, com pouco tempo vai ter algum dano na suspensão”, disse C. S. sobre a experiência de atravessar essa via nos lugares esburacados.
Nos dias de chuva, a situação piora. As moradoras G. S. e A. C. relatam ter problemas, pois a visibilidade fica reduzida e não há sinalização ou iluminação o suficiente para as pessoas enxergarem melhor onde estão os buracos e se previnam dos graves riscos que correm.
Em contrapartida, o relato do secretário de infraestrutura da cidade, Edson Ribeiro, é de que a Prefeitura, através das secretarias competentes, tem feito trabalhos constantes para reduzir as chances de riscos existentes na localidade, o que não foi confirmado pela população.
*Os nomes foram suprimidos para preservar a identidade dos moradores consultados.
Por Emerson Gesteira