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Com poesias e forró, evento lança Feira Literária de Cruz das Almas

Encontro reuniu diversas pessoas na Casa da Cultura Galeno d’Avelírio.

Recitais de poesias, músicas, histórias de vida e forró. Assim pode ser resumida a noite de lançamento da Feira Literária Cruzalmense, a FliCruz, que ocorreu nesta quarta-feira, 5, na Casa da Cultura Galeno d’Avelírio. O evento reuniu políticos, professores e estudantes universitários, intelectuais, artistas, dentre outros, que prestigiaram uma pequena parte do que deve ser a feira. Esta será a primeira edição.

A FliCruz ocorrerá nos dias 4 e 5 de julho no Centro Territorial de Educação Profissional Recôncavo II Alberto Torres (Cetep) e na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), campus Cruz das Almas, e levará o nome da escritora Zinha Costa, centenária que morreu em abril e ocupava a cadeira de número 16 da Academia Cruzalmense de Letras.

 A feira literária de Cruz das Almas terá como objetivo a valorização dos escritores do município e buscará, também, um intercâmbio de diálogos com escritores de toda a Bahia.

De acordo com o vereador Pablo Rezende (PT), que foi o responsável por realizar a indicação que culminou neste lançamento, a FliCruz também pretende criar a “cultura do livro”.

“Eu acho que o tempo que eu estiver como parlamentar de nossa cidade, eu quero contribuir para que a gente crie essa cultura do livro da leitura. Eu passo na rua e vejo a biblioteca (municipal) daquele jeito… me dá uma dor no coração. A gente tem uma juventude que, hoje, faz a opção de leitura digital, mas quem sabe o que eu estou falando, de ter o contato com o livro, de sentir aquele cheiro do livro, é diferente e é um contato diferenciado com a obra impressa. E a gente quer despertar isso nessa juventude, nos estudantes secundaristas. Então, o público-alvo dessa Feira também serão os estudantes secundaristas da rede pública. É fazer com que eles possam despertar estas experiências”, explica.

Falta de investimento

Embora seja um evento importante, a Feira Literária de Cruz das Almas não possui investimento financeiro da Prefeitura.

“Eu tinha feito uma indicação na Câmara de Vereadores para que a gente fizesse a FliCruz. Após a indicação, fui até a Secretaria de Cultura da Bahia. Falei que a gente também queria realizar a nossa feira, como outras cidades têm, mas, aqui, a gente não tem a iniciativa do Poder Público municipal para que isso aconteça.

O sonho se tornou realidade quando, junto com a Academia Cruzalmense de Letras, a Fundação Cultural Galeno d’Avelírio, a Mafuá Produções, a Fundação Pedro Calmón e a Secretaria de Educação da Bahia, tomamos a dianteira”, conta Pablo Rezende.

Orgulho e importância

O lançamento da FliCruz também atrai expectativas por parte da Fundação Cultura Galeno d’Avelírio. De acordo com o presidente da instituição, Hermes Peixoto, esta primeira edição traz “prazer e muito orgulho”.

“A Casa da Cultura de Cruz das Almas existe há 38 anos. Neste período, recebemos eventos culturais de muita importância, mas nunca tínhamos abrigado uma feira literária. É com muito orgulho e prazer que abrimos as nossas portas para este lançamento e que esta Casa possa também colaborar nos dias 4 e 5 de julho”, enfatiza.

Já a presidente da Academia Cruzalmense de Letras, Sarah Carneiro, enxerga a Feira como uma oportunidade de ressignificar o sentido da escrita e da leitura.

“Eu acredito que as pessoas, sobretudo a juventude, gostam, sim, de ler. Elas podem, às vezes, serem mal iniciadas. Por muito tempo, professores e escolas utilizam a leitura e a escrita como forma de castigo. Quando uma pessoa comete um erro, o castigo é fazer uma cópia em que uma frase é repetida por várias vezes, quando chega atrasada na escola, o castigo é ir à biblioteca. O Brasil tem uma história de ter sacrificado a escrita e a leitura como um castigo”, justifica.

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