O Ministério Público (MP) de Santo Antônio de Jesus pediu o arquivamento do inquérito contra o vereador Edivan de Jesus Santos (UB), conhecido como Morão, por tentativa de feminicídio. A decisão ocorre após a ex-companheira de Morão mudar o depoimento. Desta vez, conforme nova versão, o vereador reagiu em legítima defesa.
As polêmicas começaram quando a ex-companheira de Morão buscou atendimento após ser atingida por golpes de faca, no último dia 22 de fevereiro, no bairro da Salgadeira, em Santo Antônio de Jesus. A suposta vítima alegou que a situação ocorreu após uma briga entre os dois, enquanto ela estava deitada. Em seguida, a mulher realizou uma denúncia contra o parlamentar, configurando tentativa de feminicídio.
Dois dias depois, em 24 de fevereiro, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra o vereador, que seguia foragido até hoje.
Mudança de depoimento
Em 1° de março, a ex-companheira de Morão prestou novo depoimento e alterou a primeira versão do caso. De acordo com a denunciante, ela foi a responsável por iniciar as agressões físicas durante a briga, utilizando-se de um cabo de vassoura e uma faca de serra. Ainda conforme a mulher, os ferimentos sofridos teriam sido causados por legítima defesa de Morão.
A ex-companheira também explicou que teria mentido motivada por raiva ao descobrir uma traição conjugal.
Após a reviravolta no caso, o Ministério Público pediu o arquivamento da denúncia contra Morão e indiciou a mulher por denunciação caluniosa.
Morão, que está afastado da Câmara de Vereadores a pedido, teve a prisão revogada nesta terça-feira, 11.
